Jornalismo, MMA e mulheres
Repórter do canal Woohoo mostra os desafios do jornalismo esportivo feminino.
Fernanda Eid, natural de Ribeirão Preto, São Paulo. É formada em jornalismo pela Universidade Mackenzie-SP, atualmente vive no Rio de Janeiro e trabalha no canal de TV Woohoo, no qual é repórter e apresentadora de diversos programas. Antes disso havia trabalhado na rádio Bandeirantes, em editorias e assistências de produção. Diz que hoje se considera mais feliz, após passar por diversos momentos marcantes, um deles em que diz ter sido batizada pelo atleta de surf, Gabriel Medina. Ela nos conta um pouco dos desafios da mulher nesse meio, experiências e como se destacar num mercado que vem passando por mudanças e pedindo cada vez mais de si nos dias de hoje. Confira abaixo:
Como você descobriu que gostaria de trabalhar com jornalismo esportivo? Já que atualmente é a sua área em foco.
— Sempre achei o ambiente muito inspirador. Fazia handebol, ginástica olímpica, basquete, futebol, vôlei, mas minha paixão era o handebol. Joguei até a faculdade. Quando escolhi jornalismo não tinha o foco ainda no esporte, essa vontade foi nascendo principalmente quando comecei a acompanhar surfe. Aí criei meu blog pessoal pra falar de surfe, esportes radicais e turismo e fui me desenvolvendo. Até que em uma viagem para a Austrália, fui até um campeonato e conheci o surfista Gabriel Medina e disse que me apaixonei pelo jornalismo esportivo por acompanhar a trajetória dele. Aí ele olhou pra mim e disse: “Muito obrigado. Que você tenha muito sucesso na sua profissão.” Senti que fui batizada, sabe? Aí as coisas foram acontecendo, mas tenho muito o que aprender. Não descarto as outras áreas, mas eu estou amando o esporte.
Você possui algum profissional admirado? Alguém que use como referência?
— Sim, principalmente mulheres. Bárbara Coelho, Carol Barcellos, Ana Goebel, Manu Caiado, Alana Ambrósio e por aí vai…
Para você quais foram os desafios de migrar do skate, basquete, surf, para o MMA?
— O maior desafio para mim foi entrar em um mundo que eu não conhecia absolutamente nada. Nenhum lutador, nenhum evento, nenhuma regra. Tive que começar do zero até ter propriedade para falar no assunto. Esse foi um dos maiores desafios, a segurança. Mas foi a melhor experiência profissional que eu tive até então. Entrevistei muita gente do meio, fiz transmissões ao vivo, viajei e aprendi muita coisa.
Hoje em dia já tendo uma bagagem profissional extensa, se você tivesse que dar um conselho para estudantes que estão começando na carreira, qual você daria?
— Meu conselho é sempre se dedicar 100% em tudo que fizer. Ler muito, estudar muito, confiar em você e ser curioso. Além disso, eu aconselho também você a produzir algum material de um assunto que você goste. Seja economia, automobilismo, viagens, games. Você pode fazer um site, um canal no youtube, uma revista, assim você se dá uma grande experiência, você se compromete com algo, aprende com isso e isso tudo pode te abrir portas pro futuro. Assim como as experiências com meu blog me deram. Por conta disso entrei no Woohoo.
Por: Isabela Campos